Foi criada em 23 de agosto de 1890, na época em que o café era o grande produto para se produzir e exportar e São Paulo estava crescendo e se desenvolvendo por causa deste produto. Foi nessa atmosfera que foi criada a Bolsa Livre de São Paulo, que comprava e vendia ações de companhias e papéis bancários.

Em 1891 a Bolsa Livre foi fechada por causa de uma grande crise brasileira, de inflação, onde se tinha mais papel que lastro (dinheiro).

No ano de 1895 a Bolsa de Valores de São Paulo foi reaberta, e neste mesmo ano foi criado seu Regulamento Interno e o Decreto aprovado pelo Governo Federal.

O volume das negociações era grandíssimo, até a 1ª Guerra Mundial, que começou em 1914 trazendo recessão.

Com o crash da Bolsa de Nova Iorque em 1929, a situação piorou. O preço do café (maior produto das exportações brasileiras) caiu e o desemprego atingiu altos níveis.

Foi nessa mesma época que o escritor francês Schompré escreveu um livro chamado "La bourse de São Paulo" (A Bolsa de Valores de São Paulo), onde relatou a discriminação do investidor externo em investir na América Latina, e adicionou que o Brasil era um excelente país para se investir.

Em 1931, em um Congresso de Bolsa de Valores, realizado no Brasil, o Mercado Nacional de Bolsas de Valores foi criado, e legalizado dois anos depois por um Decreto.

As sessões de pregão pelo rádio começaram em 1934, tornando-se mais fácil saber e participar deste tipo de investimento.

Até meados da década de 60 as bolsas brasileiras eram entidades oficiais corporativas, vinculadas às secretarias de finanças dos estados e compostas por corretores nomeados pelo poder público. Com as reformas do Sistema Financeiro Nacional e do mercado de capitais implementadas em 65/66, as bolsas assumiram a característica institucional que mantêm até hoje, transformando-se em associações civis sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial.

A Bovespa é uma entidade auto-reguladora que opera sob supervisão da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Atualmente, a BOVESPA é uma instituição que se destaca no mercado acionário brasileiro por abrigar o maior centro de negociações com ações entre as 9 bolsas de valores existentes no País, e é a maior Bolsa de Valores na América do Sul, negociando milhões por dia.

A legislação atual autoriza as bolsas de valores a negociarem títulos e valores mobiliários de emissão ou co-responsabilidade de companhias abertas, registrados na CVM, assim como opções de compra e venda sobre ações de companhias abertas, debêntures (conversíveis ou simples), e commercial papers registrados para colocação pública. Também são regularmente negociadas ações de companhias abertas, opções sobre ações, direitos e dividendos sobre ações, bônus de subscrição e quotas de fundos. Ainda de forma eventual, são negociados na BOVESPA certificados de depósitos de ações lançados por empresas sediadas nos países que integram o Acordo do MERCOSUL.O quadro social da Bovespa é integrado por sociedades corretoras que podem operar nos dois sistemas de negociação mantidos pela Bolsa: Pregão Viva Voz e Sistema Eletrônico de Negociação – Mega Bolsa.

Para as sociedades corretoras poderem negociar na Bovespa, estas têm de adquirir um título patrimonial, que custa em torno de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais).

A corretora que não quiser negociar na Bolsa pode recorrer ao chamado mercado de balcão, aquele negociado fora de bolsa. Existe também no Rio de Janeiro a SOMA (Sociedade de Mercado de Acesso), que é auto-reguladora, mas é fiscalizada e sofre algumas interferências da CVM. A vantagem em se negociar desta forma é por ser mais barato, só negociado o mercado à vista, e também por preparar o acesso da empresa à Bolsa de Valores.

A Assembléia Geral das Corretoras Membros é o órgão deliberativo máximo da BOVESPA. A Assembléia reúne-se ordinariamente duas vezes por ano, para deliberar sobre proposta orçamentária, aprovação das demonstrações financeiras do exercício anterior e para a eleição dos membros do Conselho de Administração. O Conselho de Administração é integrado por 10 conselheiros efetivos, dos quais 6 são representantes das sociedades corretoras membros, 1 é representante das Companhias, 1 investidor institucional (aquele de Cia. Seguradoras, Fundos e Fundos de Pensão), 1 representante de pessoa física e 1 superintendente geral. Deste grupo dos membros da sociedade corretora são eleitos o Presidente e o Vice-Presidente do Conselho, com mandatos de 1 ano. Os demais membros do Conselho têm mandatos de três anos, renovando-se a representação, anualmente, em 1/3.As principais figuras da Bovespa são (i) as sociedades corretoras, que possuem operadores de mesa (aqueles que permanecem dentro da corretora dando ordens), e operadores de pregão (que recebem as ordens); (ii) as sociedades anônimas e (iii) os investidores (pessoa física, jurídica, estrangeiro, fundos e fundos de pensão).

Os tipos de mercado negociados na Bovespa são o mercado à vista, à termo, e de opções.O que é uma operação a vista? É a compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço estabelecido em pregão. Na realização de um negócio, o comprador paga o valor financeiro envolvido na operação (preço) e o vendedor entrega os títulos-objeto da transação, nos prazos estabelecidos pela Bovespa.

Os título-objeto são todas as ações de emissão de empresas admitidas na negociação da BOVESPA e demais valores mobiliários autorizados. São ações, quotas de fundos, debêntures, bônus de subscrição, certificados de depósito, títulos públicos.

Como é feita a formação de preços? Os preços são formados em pregão e são um reflexo da oferta e demanda de cada papel. A maior ou menor oferta e procura por determinado papel está diretamente relacionada ao comportamento histórico dos preços e, sobretudo às perspectivas futuras da empresa emissora, incluindo-se aí sua política de dividendos, prognósticos de expansão de seu mercado e dos seus lucros, influência da política econômica sobre as atividades da empresa, etc.

A realização de negócios no mercado à vista requer a intermediação de uma sociedade corretora que está credenciada a executar, em pregão, a ordem de compra ou venda de seu cliente, através de um de seus representantes (operadores).

Na BOVESPA existem duas formas de negociação com ações:

-Viva Voz – Os representantes das corretoras apregoam suas ofertas, informando o nome da empresa, o tipo de ação e a quantidade e o preço de compra ou de venda. No pregão de Viva Voz são negociadas apenas as ações de maior liquidez.

– Mega Bolsa (Sistema Eletrônico de Negociação) – é um sistema que permite às sociedades corretoras cumprir as ordens de clientes diretamente de seus escritórios. Pelo Sistema Eletrônico de Negociação, a oferta de compra ou de venda é feita por terminais de computador. O encontro das ofertas e o fechamento dos negócios são realizados automaticamente pelos computadores da BOVESPA.

LIQUIDAÇÃO

A transferência da propriedade dos títulos e o pagamento/recebimento do montante financeiro envolvido ocorrem da seguinte forma:

 

* Liquidação física: entrega dos títulos à BOVESPA, pela sociedade corretora intermediária do vendedor, no segundo dia útil (D2) após a realização do negócio em pregão. As ações ficam disponíveis ao comprador após a liquidação financeira;

* Liquidação financeira: pagamento do valor total da operação, pela corretora intermediária do comprador, e o respectivo recebimento pelo vendedor, no terceiro dia útil (D3) após a realização do negócio em pregão (D0).

DIREITOS E PROVENTOS

As empresas propiciam benefícios a seus acionistas, sob a forma de proventos (dividendos, bonificações) ou de direito de preferência na aquisição de ações (subscrição). Apenas alguns tipos de ações dão estes benefícios. Assim, ações cheias são ações que conferem a seu titular o direito aos proventos distribuídos pelas empresas e as ações vazias são as ações cujo direito ao provento já foi exercido pelo acionista. Somente podem ser negociadas, em pregão de bolsa, as ações que não possuam proventos anteriores a receber. Assim, quando a assembléia de uma empresa aprova a distribuição de um novo provento, as ações passam a ser negociadas.

São direitos e proventos:

– Dividendos – valor correspondente a parte dos lucros da empresa, distribuído em dinheiro aos acionistas, de acordo com a quantidade de ações possuída. Por lei, no mínimo 25% do lucro líquido do exercício devem ser distribuídos.

– Bonificação – ação nova, proveniente de aumento de capital por incorporação de reservas, distribuída gratuitamente aos acionistas, na proporção das originalmente possuídas. A empresa pode optar por distribuir essas reservas, ou parte delas, em dinheiro, gerando o que se denomina bonificação em dinheiro.

* Direito de Subscrição – preferência do acionista para adquirir ações novas – lançadas para venda pela empresa, com a finalidade de obter recursos para elevar seu capital social – na quantidade proporcional às já possuídas. O acionista poderá transferir o direito de subscrição a terceiros, através de venda desse direito em pregão.

CUSTOS DE TRANSAÇÕES

Sobre as operações realizadas no mercado à vista incidem: (i) taxa de corretagem pela intermediação, calculada por faixas sobre o movimento financeiro total, compras mais vendas, das ordens realizadas em nome do investidor, por uma mesma corretora e em um mesmo pregão; (ii) emolumentos; e (iii) Aviso de Negociações com Ações (ANA), cobrado por pregão em que tenham ocorrido negócios por ordem do investidor, independentemente do número de transações em seu nome.

TRIBUTAÇÃO

O ganho líquido obtido pelo investidor no mercado à vista é tributado à alíquota de 10%, como ganho de renda variável. O ganho de renda variável é calculado tomando-se o preço de venda menos o preço de compra, menos custos de transação. Pode também ser compensado prejuízo obtido em outros mercados, como no mercado de opções, no mesmo período, exceto operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day-trade), que somente poderão ser compensadas com ganhos em operações da mesma espécie (day-trade).

ESTRATÉGIAS DE NEGOCIAÇÃO

Por que comprar Ações? Um investidor adquire ações com o objetivo de obter um ganho, uma lucratividade. Esse retorno será proveniente dos direitos e proventos distribuídos pela companhia aos acionistas – dividendos, bonificações e direitos de subscrição – e da eventual valorização de preço das ações. Esses fatores, por sua vez, dependerão do desempenho da empresa e de suas perspectivas futuras.

Por que vender Ações? Um investidor vende ações para obter liquidez, isto é, para convertê-las em dinheiro. Uma ação normalmente é vendida quando o investidor avalia que suas perspectivas a médio e longo prazos são relativamente menos favoráveis em comparação a outras ações ou mesmo outras alternativas de investimento.

Como participar do mercado de ações:

1) Individualmente – somente através de uma sociedade corretora é possível atuar no mercado acionário

2) Coletivamente – através de clubes de investimentos ou de fundos mútuos de ações. Mercado à termo

O QUE É UMA OPERAÇÃO A TERMO ?

É a compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado, a contar da data da operação em pregão, resultando em um contrato entre as partes.

A realização de um negócio a termo é semelhante à de um negócio à vista, necessitando a intermediação de uma sociedade corretora.

O MERCADO A TERMO DA BOVESPA

O prazo do contrato é preestabelecido. Os prazos permitidos para negociação a termo são de 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias. Título-objeto é uma ação negociada a termo. Todas as ações negociáveis na BOVESPA podem ser objeto de um contrato a termo.

OS PREÇOS NO MERCADO A TERMO

O preço a termo de uma ação resulta da adição, do valor à vista, de uma parcela correspondente aos juros que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato.

Toda transação a termo requer um depósito de garantia junto à corretora, e desta junto à BOVESPA. Qualquer corretora pode pedir a seus clientes garantias adicionais àquelas exigidas pela BOVESPA. Essas garantias são prestadas em duas formas: cobertura ou margem.

Cobertura é a garantia de títulos-objeto. Assim, um vendedor a termo pode depositá-los junto à BOVESPA como garantia de sua obrigação. Esse depósito, denominado cobertura, dispensa o vendedor de prestar outras garantias.

Margem é um percentual do valor do contrato. Para sua fixação, a Bovespa avalia a volatilidade e a liquidez das ações e condições gerais das empresas emissoras, classificando os papéis em grupos, com níveis de margem diferenciados. Em geral, papéis com maior liquidez enquadram-se nos grupos de menor margem inicial de garantia.

Sempre que ocorrer redução no valor de garantia do contrato, decorrente de oscilação na cotação dos títulos depositados como margem e/ou dos títulos-objeto da negociação, será necessário o reforço da garantia inicial, que poderá ser efetuado mediante o depósito de dinheiro ou de títulos/valores mobiliários autorizados pela Bovespa.

Todas as margens de garantia depositadas em dinheiro junto à Bovespa são aplicadas no mercado aberto, e seu rendimento repassado aos investidores através de suas corretoras.

DIREITOS E PROVENTOS

Os direitos e proventos distribuídos às ações-objeto do contrato a termo pertencem ao comprador e serão recebidos, juntamente com as ações-objeto, na data da liquidação ou segundo normas específicas da Bovespa.

A LIQUIDAÇÃO DO CONTRATO

A liquidação de uma operação a termo, no vencimento do contrato ou antecipadamente, se assim o comprador o desejar, implica a entrega dos títulos pelo vendedor e o pagamento, pelo comprador, do preço estipulado no contrato.

Essa liquidação é realizada na Bovespa sob sua garantia, fiscalização e controle, o que assegura o cumprimento dos compromissos estipulados em pregão.

CUSTOS DE TRANSAÇÃO

Ao realizar uma operação a termo, o aplicador incorre nos seguintes custos: (i) taxa de corretagem – calculada sobre o valor dos negócios executados no pregão conforme a tabela de corretagem em vigor; (ii) taxa de registro – 0,1% do valor total do contrato; (iii) Aviso de Negociação com Ações (ANA) – valor fixado pela Bovespa e cobrado por pregão em que tenham ocorrido negócios, por ordem do investidor; e (iv) emolumento – 0,05% cobrado sobre o valor da operação.

TRIBUTAÇÃO

Imposto de Renda – incide sobre todas as operações, com procedimentos diferenciados para operações financeiras e não financeiras.

ESTRATÉGIAS DE NEGOCIAÇÃO

Por que comprar Ações a Termo? As principais vantagens desse tipo de operação consistem em permitir ao investidor proteger preços de compra, diversificar riscos, obter recursos e alavancar seus ganhos.

Para proteger preços o investidor que espera uma alta nos preços de uma ação ou de um conjunto delas pode comprar a termo, fixando o preço e beneficiando-se da alta da ação; para diversificar riscos o investidor protege seu capital de riscos elevados quando diversifica sua aplicação a termo em diferentes papéis; para obter recursos (ou fazer uma operação caixa), o investidor titular de ações que precisa de recursos para uma aplicação rápida poderá vender à vista para imediata compra a termo do mesmo papel; e finalmente para alavancar ganhos, o investidor pode adquirir a termo uma quantidade de ações superior à que sua disponibilidade financeira permitiria comprar à vista, proporcionando-lhe uma taxa de retorno maior no caso de elevação dos preços à vista.

Por que vender ações a termo – As principais vantagens são realizar um financiamento e, principalmente, aumentar ganhos. Para financiar o investidor compra ações no mercado à vista e as vende a termo, no prazo que deseja financiar, com o objetivo de ganhar a diferença existente entre os preços à vista e a termo, ou seja, os juros da operação. Aumentar ganhos significa que na venda a termo, o investidor irá receber, ao final do contrato, além do preço à vista da ação, os juros do período. Isso poderá maximizar seus ganhos.

TERMO EM PONTOS

Assim como na modalidade tradicional, o termo em pontos constitui-se na compra ou venda de uma certa quantidade de ações a um preço preestabelecido para liquidação em prazo determinado a contar da data de sua realização.

Difere em relação ao termo tradicional nos seguintes aspectos: o preço contratado entre as partes é convertido para pontos e ajustado de acordo com indicador estabelecido entre as partes, que pode ser escolhido dentre os autorizados pela Bovespa; possui negociação secundária; somente pode ser negociado em lote padrão (o mesmo adotado nas negociações à vista) e seus múltiplos; os direitos a recebimento de dividendo, bonificação em dinheiro, qualquer outro provento em dinheiro e a subscrição de valores mobiliários não alterarão o respectivo preço do contrato, contudo o vendedor repassará o valor equivalente ao provento devido em dinheiro, na data da efetiva distribuição; no caso de bonificações em ações ou desdobramentos, a quantidade de ações contratadas será ajustada proporcionalmente, mantendo-se inalterado o compromisso financeiro original.O mercado de opções é mais um modelo de aplicação usado nas bolsas de valores. Corresponde à compra ou venda de um direito de exercer ou não esta opção. Assim uma opção de compra da Telebrás, corresponde ao direito de comprar tal ação se nesta data o preço corresponder às expectativas do comprador.

Uma opção de compra confere ao seu titular o direito de comprar as ações-objeto, ao preço de exercício, a qualquer instante até a data de vencimento, obedecidas as condições estabelecidas pela Bovespa.

Uma opção de venda dá ao seu titular o direito de, na data de vencimento, vender as ações-objeto, ao preço de exercício, obedecidas as condições estabelecidas pela Bovespa.

O prêmio, ou preço da opção, é negociado entre comprador e lançador, através de seus representantes no pregão da Bolsa. Ele reflete, entre outros, a oferta e a demanda, o prazo de vigência da opção, a diferença entre o preço de exercício e o preço à vista da ação-objeto e a volatilidade de preço.

O MERCADO DE OPÇÕES

É a ação sobre a qual a opção é lançada. A relação de ações-objeto autorizadas para negociação com opções é definida pela Bovespa, e pode ser alterada a qualquer tempo, por decisão da Superintendência Geral.

O mês de vencimento é o mês em que expira a opção. Na BOVESPA, como regra geral, os vencimentos ocorrem bimestralmente, nos meses de fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e dezembro. A qualquer momento, as opções podem ser negociadas para, no mínimo, os dois vencimentos mais próximos. A data de vencimento é a terceira segunda-feira do mês de vencimento.

O preço de exercício, diferentemente do preço da opção, é o preço pelo qual será exercida a opção. Os preços de exercício das opções são determinados pela Bolsa, segundo critérios por ela estabelecidos. As opções com negociação e/ou lançamento autorizados são divulgadas semanalmente no BDI – Boletim Diário de Informações e também podem ser consultadas na Rede de Difusão de Informações. Ao ser autorizado um novo vencimento, a Bolsa abre séries de negociações com preços de exercício próximos ao preço à vista da ação-objeto. No entanto, em caso de alterações futuras nas cotações da ação-objeto, podem ser autorizadas emissões de novas séries, cujos preços de exercício refletem o movimento do preço da ação.

O EXERCÍCIO DA OPÇÃO

Pode ser a compra ou venda. A compra é a operação pela qual o titular de uma opção de compra exerce seu direito de comprar o lote de ações a que se refere a opção, ao preço de exercício; podem ser exercidas a qualquer momento até o vencimento. Na venda o titular de uma opção de venda exerce o seu direito de vender o lote de ações a que se refere a opção, ao preço de exercício. As opções de venda somente podem ser exercidas na data de vencimento.

MAS PORQUE UTILIZAR AS OPÇÕES DE COMPRA?

1) Para alavancar seus ganhos. Como o prêmio de uma opção é sensivelmente menor do que o preço da ação-objeto a que se refere, uma determinada quantia em dinheiro pode comprar certo número de opções correspondentes a uma quantidade de ações muito maior do que a que seria possível adquirir no mercado à vista. Assim, cada aumento no preço da ação-objeto costuma corresponder a um aumento no prêmio da opção e a maiores retornos sobre a aplicação, pois a variação percentual é maior para o prêmio. O mecanismo de alavancagem atua também no sentido inverso: a queda na cotação pode até levar à perda integral da aplicação, ou seja, do prêmio pago.

2) Pode-se utilizar as opções de compra, também, como alternativa para adquirir uma ação objeto ou para fixar o preço de uma futura aquisição de determinada ação. Assim, o aplicador que, sem disponibilidade de recursos, deseja comprar uma ação, poderá comprar uma opção e assim fixar o preço. Quando puder concluir a compra da ação, exercerá a opção dentro do seu prazo de validade e pagará o preço que julgou conveniente.

PORQUE ADQUIRIR OPÇÕES DE VENDA?

1) Ao adquirir uma opção de venda, o aplicador procura se beneficiar da queda no preço à vista da ação-objeto e, por extensão, da valorização do prêmio da opção. Dessa forma, e de acordo com a postura que pretenda assumir nesse mercado, o aplicador pode utilizar opções de venda como proteção para uma compra a termo.

Assim, um aplicador que já possua uma posição compradora a termo pode precaver-se contra uma possível queda no preço da ação-objeto comprando uma opção de venda e continuar lucrando no mercado. Assim, se o preço da ação subir, o lucro apurado na operação será reduzido pelo valor do prêmio pago pela opção. Por outro lado, se a cotação cair, o aplicador estará protegido contra uma elevada perda ou, em alguns casos, terá garantido o lucro na operação original de compra.

A OPERAÇÃO DE EXERCÍCIO

O exercício de opção de compra pode ser efetuado a qualquer tempo até a data de vencimento. O exercício da opção de venda somente pode ser realizado na data de vencimento, mediante a entrega em pregão, pela corretora, do aviso de exercício, após o que são selecionadas tantas posições lançadoras quantas forem necessárias ao atendimento do aviso.

A designação para o atendimento do exercício de uma opção ocorre por sorteio entre as posições lançadoras de opções de igual série da opção exercida. A Bovespa permite que o titular de uma opção de compra exerça sua opção e venda as ações-objeto no mesmo pregão. Também garante ao titular de uma opção de venda a oportunidade de comprar no mercado à vista as ações que serão entregues no exercício. Essa possibilidade proporciona uma agilidade maior ao aplicador que procura se aproveitar dos diversos diferenciais de preços e de taxas existentes no mercado.

Assim, o lançador de uma opção de compra pode comprar à vista no mesmo pregão em que é exercido, e o lançador de uma opção de venda pode vender à vista as ações recebidas no exercício. Todas as operações de exercício são registradas em pregão como compra e venda à vista das ações-objeto.

CUSTOS DE TRANSAÇÃO

Corretagens: é cobrada sobre o valor dos prêmios e se houver o exercício da opção, sobre o valor de exercício; taxas de registro: é cobrada de ambos os comitentes uma taxa de registro, em percentual estabelecido pela Bovespa, sobre o valor de cada operação em pregão.O Índice Bovespa é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações brasileiro, porque retrata o comportamento dos principais papéis negociados na Bovespa. Ele é o mais representativo indicador brasileiro, pela sua tradição que não sofreu modificações metodológicas desde sua implementação, em janeiro de 1968 – e também pelo fato de a Bovespa ser responsável por aproximadamente 85% do total transacionado em todas as bolsas de valores brasileiras.

O Ibovespa é extremamente confiável e com uma metodologia de fácil acompanhamento pelo mercado, que representa fielmente não só o comportamento médio dos preços das principais ações, como também o perfil das negociações à vista observadas nos pregões da Bolsa.

Sua finalidade básica é a de servir como indicador médio do comportamento do mercado. Para tanto, sua composição procura aproximar-se o mais possível da real configuração das negociações à vista (lote padrão) na Bovespa. A carteira teórica do Índice é integrada pelas ações que, em conjunto, representaram 80% do volume transacionado à vista nos doze meses anteriores à formação da carteira. Como critério adicional, exige-se que a ação apresente, no mínimo, 80% de presença nos pregões do período.

A participação de cada ação na carteira tem relação direta com a representatividade desse título no mercado à vista (em termos de número de negócios e volume em moeda corrente) ajustado ao tamanho da amostra.

A Bovespa é responsável pela gestão, cálculo, difusão e manutenção do Índice. Esta responsabilidade assegura a observância estrita às normas e procedimentos técnicos constantes de sua metodologia.

Para que uma ação seja incluída no Índice Bovespa é necessário que ela atenda, simultaneamente, aos seguintes parâmetros, sempre com relação aos 12 meses anteriores: (i) estar incluída em uma relação de ações resultantes da soma, em ordem decrescente, dos índices de negociabilidade até 80% do valor da soma de todos os índices individuais; (ii) apresentar participação, em termos de volume superior a 0,1% do total; (iii) ter sido negociada em mais de 80% do total de pregões do período. Investimento estrangeiro em bolsa de valores

As Carteiras de Investidores Institucionais Estrangeiros, representam cerca de 90% da entrada dos investimentos em portfólio no mercado de capitais brasileiro. Essas carteiras são conhecidas como carteiras Anexo IV.

Primeiramente, para se tornar titular desta carteira, o investidor necessita obter da Comissão de Valores Mobiliários o registro como investidor institucional estrangeiro.

Para a obtenção deste registro, é necessário que o investidor esteja enquadrado em alguma das categorias a seguir expostas:

(i) bancos comerciais, bancos de investimento, associações de poupança e empréstimo, custodiantes globais e instituições similares reguladas e fiscalizadas por autoridade governamental competente;

(ii) companhias seguradoras reguladas e fiscalizadas por autoridade governamental competente, com ativos não inferiores à US$ 5.000.000,00;

(iii) sociedades ou entidades que tenham por objeto distribuir emissão de valores mobiliários, ou atuar como intermediários na negociação de valores mobiliários, agindo por conta própria ou de terceiros, registradas e reguladas por órgão equivalente à CVM ou por ela reconhecido;

(iv) fundos de pensão, com ativos de no mínimo de US$ 5.000.000,00;

(v) instituições sem fim lucrativos, com ativos de no mínimo US$ 5.000.000,00;

(vi) qualquer entidade que tenha por objetivo a aplicação de recursos nos mercados financeiro e de capitais, da qual participem pessoas físicas e jurídicas residentes e domiciliadas no exterior, e que não tenha sido constituída ou opere em benefício exclusivo de uma pessoa física, desde que:

a) registrada e regulada por órgão equivalente à CVM ou por ela reconhecido;

b) tenha no mínimo 30 sócios e ativos equivalentes à US$ 5.000.000,00;

c) tenha no mínimo 5 sócios e ativos equivalentes à US$ 15.000.000,00;

d) tenha ativos equivalentes de no mínimo US$ 5.000.000,00 e a administração da carteira seja feita de forma discricionária, por administrador profissional, registrado e regulado por autoridade governamental competente reconhecida pela CVM; ou

e) tenha ativos equivalentes de no mínimo US$ 5.000.000,00, devendo seus sócios, acionistas, quotistas ou beneficiários ser investidores ou sendo pessoa física, que detenham patrimônio superior ao equivalente a US$ 1.00.000,00; ou

f) se todos os sócios, acionistas e quotistas forem algumas das instituições descritas acima.

Pode o investidor estrangeiro pleitear dois tipos de registro: registro de "conta própria" e registro de "conta coletiva".

O registro de conta própria permite ao investidor operar apenas em seu nome próprio, enquanto o registro de conta coletiva autoriza o titular da conta a operar tanto por conta de seus clientes, quanto em nome próprio.

As Carteiras Anexo IV são carteiras administradas sempre por uma instituição administradora brasileira, pessoa jurídica devidamente autorizada pela CVM para a prática de atividades de administração de carteiras e títulos de valores imobiliários.

Também a instituição administradora é responsável pelos registros de investimento estrangeiro, os fechamentos de câmbio, os recolhimentos de tributos, a escrituração da carteira e a guarda dos documentos relativos à carteira.

Para que se faça o registro ("conta própria" ou "conta coletiva"), deve-se obter uma aprovação prévia da CVM, apresentando os documentos, com firma reconhecida ou notarização, além de tradução, se o documento estiver em idioma estrangeiro, exigidos por lei.

A CVM cobra das carteiras de títulos e valores mobiliários, uma taxa de fiscalização para o custeio das operações de fiscalização do mercado. Essa taxa é recolhida pela instituição administradora trimestralmente.

É necessário também que todos os aportes de capitais estrangeiros feitos por intermédio das carteiras Anexo IV sejam registrados no Banco Central do Brasil, na moeda efetivamente ingressada no país.

Esse registro é essencial para as futuras remessas de rendimentos e ganhos de capital para o exterior, e para possibilitar o retorno do investimento ao país de origem. Estão sujeitos ao registro as aplicações, resgates, rendimentos, ganhos de capital, transferências e outras movimentações.

Nos termos da regulamentação existente, é vedado aos investidores institucionais estrangeiros:

(i) utilizar recursos da carteira para adquirir controle ou aumentar sua participação em companhia controlada ou coligada, ou adquirir valores mobiliários de companhias fechadas;

(ii) dar os valores mobiliários componentes da carteira ou os direitos a eles relativos em locação, penhor, empréstimo, caução, salvo:

a) para prestação de margem de garantia de posições nos mercados futuros, de opções e a termo, tanto nos mercados administrados por Bolsa de Valores com nos administrados por entidades no mercado de balcão autorizadas a funcionar;

b) para a realização de operações de compra e venda em margem nos termos da regulamentação em vigor;

c) para a realização de operações de empréstimo de ações pelas entidades prestadoras de serviços de liquidação, registro e custódia de ações;

d) nos casos expressamente autorizados pela CVM.

(iii) adquirir ou vender, no Brasil, fora do pregão das Bolsas de Valores, ações de companhia aberta registrada para negociação em bolsa de valores, ressalvadas as hipóteses de subscrição, bonificação e conversão de debêntures em ações;

(iv) adquirir ou vender ações negociadas em segmento de balcão não organizado ou organizado por entidade não autorizada pela CVM;

(v) efetuar a transferência de titulariedade, no exterior;

(vi) alienar, no exterior, quaisquer direitos relativos a esses valores mobiliários, exceto se a alienação for feita a outro investidor institucional estrangeiro que se comprometa a cumprir a regulamentação existente;

(vii) adquirir valores mobiliários de renda fixa, exceto quando autorizado;

(viii) realizar operações em mercado de derivativos que não tenham o objetivo exclusivo de proteger posições detidas no mercado à vista, até o limite destas;

(ix) realizar operação em mercados de derivativos que resultem em rendimentos predeterminados; e

(x) adquirir ações com direito a voto de emissão de instituições financeiras.

As carteiras Anexo IV foram idealizadas para a aquisição de valores mobiliários de renda variável de emissão de companhias abertas, mas a regulamentação existente permite ao investidor estrangeiro aplicar seus recursos em: debêntures conversíveis em ações de distribuição pública; operações com derivativos em mercados organizados; e outras modalidades expressamente autorizadas.

O administrador está obrigado, também, a prestar informações ao Banco Central e à CVM, como o patrimônio líquido da carteira de cada investidor ou conta coletiva no último dia útil do mês anterior, ou a documentação relativa à constituição e ao funcionamento da carteira, o informe mensal de entrada e saída de recursos, etc.

Os ganhos de capital auferidos e distribuídos pelas Carteiras Anexo IV estão excluídos da incidência do imposto de renda, mesmo quando resultantes da liquidação parcial ou total do investimento.

Também os dividendos auferidos pelas Carteiras Anexo IV, a partir de 01.01.96, estão isentos de tributação. Os juros sobre o capital próprio auferidos pelas Carteiras estão sujeitos ao imposto de renda na fonte à alíquota de 15%.

As bonificações em ações relativas a lucros gerados a partir de 01.01.96 estão isentas de tributação. Bonificações relativas a lucros produzidos até 31.12.95 não estão sujeitas à tributação.

Outros rendimentos que não sejam bonificações e dividendos estão sujeitos à alíquota de 15% do imposto de renda na fonte. São exemplos de rendimento os juros, prêmios, comissões, ágio, deságio e participação nos lucros.

O investimento estrangeiro nas bolsas de valores brasileiras está sujeito à tributação pelo IOF (imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro ou relativas a títulos e valores mobiliários).

Atualmente a alíquota é de zero por cento nos termos da Portaria nº 85 de 25.04.97.

Além destes a movimentação financeira está sujeito ao CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira) que incide à alíquota de 0,20%.Existem três finalidades básicas: gerar dividendos, aumentar de valor a médio e longo prazos ou como instrumento para a especulação.

Devemos ter em vista que o dinheiro destinado ao investimento com ações deve ser sempre descompromissado com pagamentos em datas certas ou outras finalidades específicas. Também o investimento deve ser feito a longo prazo para se ter um melhor rendimento, pois em um mês o investimento com ações pode render menos que a poupança, mas o acumulado do ano é maior.

GERANDO DIVIDENDOS

Devem ser escolhidas as companhias que pagam bons dividendos em relação à cotação de suas ações. Dividendo é a parte do lucro da Companhia que é paga em dinheiro ao acionista. Dependendo da S. A. o dividendo será pago mensalmente, anualmente ou semestralmente.

AUMENTANDO O VALOR DAS AÇÕES

Nesse tipo de investimento se espera que a Companhia cresça e tenha lucro, para que o acionista lucre também. Desse modo, se o investidor não precisar obter renda imediata de suas ações, talvez seja preferível tornar-se acionista de uma companhia que ainda não tenha atingido uma fase estável de desempenho, mas esteja crescendo muito.

ESPECULANDO

A especulação consiste em comprar e vender ações para ganhar com a diferença obtida em operações de curto prazo. O sucesso na especulação com ações depende da capacidade de obter e interpretar informações sobre o desempenho das companhias, da economia brasileira e até da economia internacional, com a finalidade específica de prever as conseqüências de cada fato sobre o comportamento dos investidores e de outros especuladores, o que permitirá fazer previsões de evolução nas cotações.

Para o especulador, uma grande fonte de informações são os comentários. Para esse investidor, é necessário também ter dinheiro para arcar com as perdas eventuais, pois nem sempre se ganha, mesmo para os mais experientes.A Bolsa de Valores, pode funcionar como (i) uma fonte de financiamento ou de captação de recursos, por meio do mercado primário, e, (ii) como uma opção de investimento para os recursos excedentes, através da liquidez e rentabilidade do mercado secundário.

Já as operações na BMF desempenham um papel diferente na circulação de valores mobiliários: não servem para captar recursos como no underwriting, mas podem ser (i) uma forma de "seguro", através do hedging, e (ii) uma alternativa de investimento, pois pode conferir liquidez e rentabilidade para as commodities ali negociadas.

A BMF na verdade não foge da concepção medieval de mercado: um lugar para o qual se dirigem as pessoas que tem algo para vender e as que querem comprar algo que é vendido lá. A BMF movimentou em 1997 US$ 6,904 trilhões, e ocupa o 4º lugar entre as bolsas de derivativos no mundo.

De acordo com o Estatuto Social, a Bolsa de Mercadorias & Futuros é uma associação civil, sem finalidade lucrativa, com sede e foro em São Paulo capital, podendo estabeler escritórios em qualquer praça do País ou Exterior. Dentre os incisos que enumeram o seu objeto social, pode-se destacar :

(i) organizar e fiscalizar o desenvolvimento de um mercado livre e aberto para a negociação de mercadorias e ativos financeiros nos mercados disponível e de liquidação futura,

(ii) manter local adequado à realização dessas operações de compra e venda mercadorias e ativos financeiros, e

(iii) promover o desenvolvimento da produção e comercialização dos produtos objeto dos contratos negociados na BMF.

Um contrato futuro é um acordo para comprar ou vender um ativo por certo preço em determinada data futura. Através do contrato futuro e a termo , comprador e vendedor podem fixar hoje as condições (como preço, quantidade e qualidade) de compra/venda do objeto do contrato, que pode ser uma mercadoria ou ativo financeiro. O contrato a Termo em sentido amplo engloba o contrato futuro e de swap, pois ambos são contratos com vencimento não à vista, mas a termo. O único mercado à vista, spot ou disponível na BMF é o mercado de ouro.

Commodity é o ativo-objeto do contrato futuro, que pode ser tanto a mercadoria física, como o café, milho, açúcar cristal, algodão, ouro, boi e bezerro, ou um ativo financeiro – que na BMF é tão concreto como uma mercadoria física : taxa de juros (DI geralmente), taxa de câmbio, índice de inflação, o índice Bovespa, títulos da dívida externa.

Os contratos futuros estão cada vez mais padronizados. Um contrato padronizado dá a qualquer detentor a possiblidade de cessar a sua participação com a simples reversão de posição (é quase como um título negociável), além de estabelecer um padrão mínimo de qualidade para as mercadorias negociadas na bolsa.

Ao desenvolver um novo contrato, a bolsa deve especificar a natureza exata deste: (i) especificar o ativo – o objeto negociado é definido com o maior número de detalhes – (ii) o tamanho do contrato – a quantidade do ativo (iii) alternativas de tipos e qualidade do ativo negociado (iv) onde e quando a entrega será feita. Em geral, a contraparte com posição vendida é que escolhe entre tais alternativas.

O "Contrato Disponível Padrão de Ouro de 250 Gramas", por exemplo, estabelece no item 5. que a "unidade de negociação" é um lote padrão de 249,75 gramas de ouro fino em lingote de 250 gramas, com teor de pureza de 999 partes de outro fino para cada 1000 partes de metal", fundido por empresa refinadora e custodiado em banco depositário, ambos credenciados pela BMF ". O dólar é o comercial, o café (arábica p.e., ver os tipos) tem padrões de qualidade especificados.

Os contratos a termo devem especificar qual a moeda em que se negocia o contrato, pois muitos ativos são negociados em dólares e convertidos à taxa de câmbio do dólar pela moeda nacional do dia da negociação, isto é, à taxa de câmbio do dia do fechamento do contrato, e não na cotação do dia do vencimento.

O tamanho do contrato a termo relaciona-se com o transporte ou com a armazenagem. P.e., o contrato de boi gordo na BMF é de 330 arrobas líquidas, equivalente à 18 a 20 bois, que é a capacidade de um caminhão padrão. Já o lote-padrão do café negociado na BMF é de 100 sacas de 60 quilos líquidos. E, a unidade de negociação da soja corresponde à 27 toneladas métricas, o que equivale à 450 unidades de 60 quilos cada, de soja em grão a granel.

Num "Contrato de Opção de Compra sobre Índice de Taxa média de Depósitos Interfinanceiros de Um Dia", uma "Unidade de Negociação" cada opção corresponde ao valor do Índice de Taxa Média de depósitos interfinanceiros de Um Dia – IDI, multiplicado pelo valor em reais de cada ponto. Num "Contrato de Opções de compra sobre Taxa de Câmbio de Reais por Dólar Flutuante" , uma "Unidade de Negociação", ou cada opção, equivale a um lote padrão de US$ 50.000,oo para os vencimentos até outubro/97, inclusive, e de US$ 100.000,oo para os vencimentos posteriores.

Já o tamanho do contrato negociado em mercado de balcão a quantidade é livremente convencionada entre as partes. No contrato a termo ou em mercado de balcão a data de vencimento é definida pelas partes, de acordo com o seu caixa, planos de produção ou comercialização.

Mas na BMF há datas de vencimento padronizadas, p.e., no "Contrato Futuro de Front-Loaded Interest Reduction with Capitalization Bond" (ou C-Bond, título da dívida externa brasileira emitido em 15 de abril de 1994 com vencimento para 15 de abril de 2014), convenciona no item 9. que a data de vencimento e liquidação é o primeiro dia útil do mês de vencimento do contrato. Esse título vale apenas 61% do seu valor de face.

O ponto de entrega do produto deve ser explícito, para ficar claro quem vai arcar com o frete entre o local de entrega e o local de recebimento do produto. É comum o vendedor receber o valor equivalente ao preço da mercadoria deduzido o frete. E, o comprador pagar o preço do insumo mais o frete ao seu destino final. O valor do frete é normalmente fixado pela bolsa, de acordo com a cotacão média de várias empresas de transporte do produto.

Cada ponto do índice equivale entre R$ 1,oo e R$ 3.oo, dependendo da commodity, e, é reajustado a fim de manter a correta equivalência.

Há os limites de posição: o número máximo de contratos que um especulador pode deter. No "contrato futuro de madeira para construção sem comprimento padrão" na Chicago Mercantile Exchange, por ex., o limite de posição é de 1000 contratos, não podendo exceder 300 em qualquer mês de vencimento.

E, na BMF cada cliente ou grupo de cliente tem um limite máximo de participação: até 20% das posições em aberto. "Posições em aberto" é o número total de contratos não encerrados ou a soma de todas as posições compradas, ou por equivalência, a soma de todas as posições vendidas. Os limites operacionais para posições em aberto visam impedir a concentração de mercado, evitar manipulações, controlar riscos de mercado e riscos de crédito, etc.

O "Contrato de Opções de Compra/Venda sobre Futuro de Ibovespa" padrão da BMF, especifica em seu item 8. que o número de vencimentos em aberto pode ser no máximo seis. Já o "Contrato Futuro de Taxa de Câmbio de Reais por dólar Comercial" ou o "Contrato Futuro de Taxa Média de Depósitos Inerfinanceiros de 30 Dias Prefixada" estabelece em seu item 7. que o número de vencimentos em aberto pode ser no máximo 24 meses, conforme autorização da BMF.

Cada parte, o comprador e o vendedor, tem um contrato com a BMF, com a sua clearing house ou câmara de compensação, que intermedia as transações, atuando como o comprador para todos os vendedores e o vendedor para todos os compradores. Transforma, assim, simples contratos a termo em contratos de alta liquidez.

Através de suas normas e atividades de supervisão de crédito, a Câmara de Compensação busca assegurar a integridade financeira das transações a futuro, papel importante na manutenção de integridade financeira da indústria de futuros como um todo. Se uma das partes não cumpre as suas obrigações, em qq. event of default, é a câmara de compensação que toma o seu lugar como contraparte. É como se a Câmara de Compensação cobrisse as representations and warranties caso uma das partes não as cumpra.

A margem de garantia é um percentual do valor contratual que é depositado junto à clearing house, é devolvida quando da liquidação (fincanceira ou física) do contrato . A margem de garantia depositado junto à clearing house, é cobrado por cada contrato, e, é exigida de todos os clientes que mantêm em aberto posições de risco para a Bolsa. Essas posições são controladas em nível de cliente ou grupo de clientes atuando em conjunto, para cada vencimento de contrato e para cada mercado administrado pela Bolsa.

Assim, o sistema de margem de garantia serve para reduzir a possibilidade de os participantes do mercado sofrerem perdas devido a inadimplências. A porcentagem da margem de garantia é calculada segundo fórmulas matemáticas pré-estabelecidas. Corresponde à y % , multiplicado pelo o número de contratos. A Clearing House pode fazer chamadas adicionais de margem, caso as julgue necessárias.

Atualmente, as reservas da câmara de compensação da BMF oscilam entre US$ 10 e 12 bilhões. Entre os ativos aceitos como margem: dinheiro, ouro, cotas do FIF, e, a critério da BMF: títulos públicos e privados, cartas de fiança, apólices de seguro, ações e cotas de fundos fechados de investimentos em ações.

Uma outra tarefa da clearing house é manter o registro de todos os negócios que ocorrem durante o dia, de modo a calcular a posição líquida de cada um de seus membros. As posições em aberto ao final de cada pregão são ajustadas com base no preço de ajuste do dia, com movimentação financeira em D+1 (no dia útil subsequente).

Os ajustes diários são repasses que equalizam as posições diariamente. O preço de ajuste do último dia de negociação é o preço de fechamento do objeto no mercado à vista. Isso assegura a convergência do preço futuro e o preço a vista. É um mecanismo que possibilita a liquidação financeira diária dos lucros e prejuízos dos participantes do mercado futuro.

Por exemplo: hoje (fev/98) fecho um contrato de venda de boi por $100 por x medida para dez/98. No final do dia a cotação fecha em $ 99. Como vendi por $100, ganho $ 1 por cada contrato que vendi por $100. Tal valor é creditado em meu favor pela clearing house e todas as posições equalizadas em $ 99 no final do dia. No dia seguinte fecha em $102, e, como estava vendendo por $ 99 (cotação do dia anterior), perco $ 3 por cada contrato, valor que é debitado da minha conta em favor da câmara de compensação, e, assim em diante.

Em dez/98 , quando o contrato futuro torna-se presente, a cotação está $ 95. Assim, como fechei o contrato em $ 100, recebo os $ 95 da cotação presente , e, os + $5 que foram creditado em meu favor pela clearing house nos ajustes diários. Se, em fev/98 eu tivesse fechado o contrato em $ 90, como o preço atual é $ 95, recebo os $ 95 à vista, mas os -$5 já foram debitados da minha conta a favor da clearing house nos ajustes diários, assim, no final recebo os $ 90 que havia ajustado ou "travado" ao assinar o contrato em fevereiro .

Mas, se hoje (dez/98) o preço da commodity é $ 105, e, eu travei o preço em $ 100 no contrato que fechei em fev/98, recebo os $ 100, que é o preço de ajuste do último dia de negociação e o preço de fechamento no mercado à vista, e, os – $ 5 já foram debitados da minha pelos ajustes diários durante a vida do contrato.

A maior parte dos contratos futuros não é conduzida até a entrega, são feitos com a intenção de liquidá-los financeiramente antes do seu vencimento, por um contrato futuro feito em sentido inverso. Segundo a BMF, menos de 2% das operações a futuro são encerradas pela entrega real do bem: as demais liquidam-se financeiramente, por compensação.

O encerramento de uma posição envolve a realização de um contrato oposto ao original. Por exemplo, se o investidor comprou 10 contratos futuros de milho com vencimento para 17 de setembro, ele pode encerrar sua posição vendendo 10 contratos da mesma commodity para o mesmo vencimento. Se, o investidor assinou contratos futuros vendendo açucar para 18 de agosto, pode até qq. dia antes do vencimento, comprar o mesmo número de contratos da mesma commodity para aquela data de vencimento, transferindo assim o compromisso de vender o açucar que na verdade não tem ou o milho que não quer comprar.

Há contratos futuros que devem ser liquidados financeiramente, como o de índice de ações , pois a entrega da commodity (ativo-objeto da negociação), de um contrato futuro de índice S&P 500 p.e., implicaria na entrega de uma carteira de 500 ações. Na liquidação financeira, o contrato é ajustado ao preço de mercado no final do último dia de negociação, e todas as posições encerradas.

O próprio "Contrato Futuro de Taxa de Câmbio de Reais por Dólar Comercial" da BMF, estatui no item 12": "Condições de liquidação no vencimento" que "Na data de vencimento, as posições em aberto serão liquidadas financeiramente pela Bolsa, mediante o registro de operação de natureza inversa (compra ou venda) à da posição, na mesma quantidade de contratos, pelo valor de liquidação, de acordo com a seguinte fórmula:"

O "Contrato de Opções de Compra sobre Taxa de Câmbio de Reais por Dólar Flutuante" da BMF estabelece no item 15: "Condições de liquidação no exercício" que "A liquidação das posições exercidas será realizada de forma exclusivamente financeira, mediante o crédito do valor de liquidação ao titular e o débito do mesmo valor ao lançador. O exercício será processado pela Bolsa no dia de sua solicitação, que corresponde à data de vencimento, e o valor de liquidação será calculado de acordo com a seguinte fórmula":

O "Contrato Futuro de Taxa Média de Depósitos Interfinanceiros de Um Dia" da BMF estabelece no seu item 12. as "Condições de liquidação no vencimento" : "Na data de vencimento, as posições em aberto, após o último ajuste, serão liquidadas financeiramente pela Bolsa, mediante o registro de operação de natureza inversa (compra ou venda) à da posição, na mesma quantidade de contratos, pela cotação (preço unitário) de R$ 100.000,oo. Os resultados financeiros da liquidação serão movimentados no dia útil subsequente à data de vencimento."2.1 objetivo, estrutura, players, commodities

objetivo: por que fazer um contrato futuro?

Através do contrato futuro ou a temo, o comprador consegue (i) fixar um preço máximo para a compra da mercadoria que quer comprar (p.e. para época de possível escassez), e assegurar o custo planejado para chegar a uma determinada margem de rentabilidade, protegendo-se contra a variação de preços, (ii) garantir o suprimento da mercadoria em qualquer época do ano e (ii) garantir a qualidade do produto bem como planejar o fluxo físico-financeiro da mercadoria.

E, permite ao vendedor, (i) fixar um preço mínimo para a mercadoria que produz (p.e. para época de possível excesso de produção), e assim garantir certa rentabilidade e proteger-se contra possíveis prejuízos decorrentes das ocilações de preço no mercado, e, (ii) planejar o fluxo fisico-financeiro da mercadoria.

Os negócios a termo, quanto a entrega e liquidação , podem acontecer das seguintes formas: (i) venda com ambos entrega da mercadoria e recebimento do pagamento na data de vencimento (ii) venda com o recebimento a vista e a entrega da mercadoria no futuro e (iii) venda com recebimento a vista e recompra do contrato, isto é, com liquidação financeira.

A tributação incide com a entrega do bem ou ativo, e engloba todos os impostos exigidos pela legislação vigente. Se houver ganho de capital, a tributação é o imposto de renda, com alíquotas iguais às de ganho de capital.

players: hedger, especulador, arbitrador

Hedger – busca através das operações de compra e venda a futuro, eliminar o risco de perdas decorrentes das variações de preço das commodities. O hedger atua na producão, industrialização, comercialização, distribuição, processamento e/ou estocagem do produto. O hedger de venda abre mão de realizar a venda por preços melhores em troca de não correr o risco de ter que, o futuro, vender por preços mais baixos. Já o hedger de compra abre mão da possibilidade de comprar por menos (pra dormir tranquilo à noite) para deixar de correr o risco de uma alta abrupta nos preços da commodity de seu interesse.

O hedger de venda procura defender-se da queda nos preços da commodity a ser vendida no futuro, e, os hedgers de compra procuram proteger-se da alta de preços das commodities que tem interesse em comprar no futuro. Por exemplo:

(i) em se tratando de ouro, o joalheiro é um hedger de compra, o fundidor é um hedger de venda, e, os fornecedores são hedgers de compra (do fundidor) e venda (para o joalheiro);

(ii) café: o produtor é um hedger de venda, o torrefador é um hedger de compra, e, o comerciante / distribuidor / exportador hedgers de compra e venda;

(iii) em relação ao dólar: os exportadores são hedgers de venda, e, os importadores hedgers de compra;

(iv) Índice de Ações: os underwriters são hedgers de venda, enquanto os detentores de ações são hedgers de compra e venda. Os detentores de ações podem através domercado futuro de índice proteger-se contra uma queda nas cotações de suas ações (hedge de venda) ou contra uma alta no preço das ações que pretendem adquirir (hedger de compra).

Especulador – o especulador pode ser uma pessoa física ou instituição que busca ganhos financeiros com a volatilidade dos mercados futuros . (Os hedgers tomam uma posição a futuro e a mantém praticamente inalterada, ajustando-a ou transferindo-a para outra data ao aproximar-se o vencimento.) Já os especuladores não têm interesse comercial pela commodity, sua intenção é lucrar com a diferença dos preços de compra e venda.

Um hedger de venda pode não encontrar um hedger de compra compatível, seja em relação à data de liquidação, à quantidade ou outros fatores. Entra aí o especulador, que torna-se a contraparte, assumindo para si o risco de variação de preços, que pode ser-lhe benéfica ou não.

Os hedgers buscam travar o preço da commodity que negociam, enquanto os especuladores aproveitam-se das variações nos preços para lucrar entre as diferenças dos preços de compra e venda, em day trades. O especulador vende o que não tem e compra o que não quer com o propósito de lucrar. Enquanto o hedger dá lastro aos contratos, buscando segurança , o especulador confere- lhes liquidez .

Os operadores que atuam na BMF podem ser: os operadores de mesa (aqueles que estruturam as negociações e emitem as ordens para os operadores de pregão, de acordo com o interesse dos investidores, representados pela corretora). Os operadores de pregão são os funcionários das corretoras que atuam no pregão seguindo as ordens dos operadores de mesa. O operador especial ou "scalper" é aquele que atuaem nome próprio ou de um grupo de investidores. E, o auxiliar de pregão é o funcionário de corretora que preenche os boletos registrando as transações apregadas em viva voz. Nesse caso, é geralmente o auxiliar da parte vendedora o encarregado de fazê-lo. Tira ou deixa essa parte?

Arbitrador – é aquele investidor que trava um lucro sem risco, ao realizar transaçoes simultâneas em dois ou mais mercados. Por exemplo: uma ação é negociada tanto na New York Stock Exchange como na London Stock Exchange. Em NY a ação é cotada em US$ 172 , e, em Londres por 100 libras. a taxa de câmbio está em US$ 1,75 para cada libra. A estragégia do arbitrador consiste em : (i) comprar 1000 ações em NY,

(ii) vender as ações em Londres e (iii) converter as libras em dólar.

1000 (US$ 1,75 x 100libras – US$ 172 ) = US$ 3.000,oo

2.2 derivativos

É importante se ter em mente que os derivativos só existem porque há a possiblidade do preço à vista da commodity variar, e, que só podem ser negociadas as commodities que tem seu preço estabelecido no mercado. E, como vimos, é graças à BMF o vendedor pode garantir um preço mínimo e o comprador um preço máximo para sua mercadoria, funcionando como um seguro contra as variações nos preços.

O contrato derivativo deriva de um ativo ou objeto que está referenciado em uma taxa ou índice, é um contrato que tem o objetivo de trocar o valor da taxa ou índice a que está atrelado o contrato principal. Torna possível a melhora do resultado financeiro de uma aplicação, ou os encargos de um passivo, através da troca do índice ou da projeção de variação de preço sobre um montante teórico inicial.

Os derivativos dependem da existência de outro contrato ou ativo. Os contratos futuros e de opções são exemplos do que chamamos de derivativos ou produtos derivativos. Uma opção da ação da IBM é um derivativo porque seu valor depende do preço da ação da IBM, um contrato futuro de trigo é um derivativo porque seu valor depende do preço do trigo.

a) TERMO: É semelhante ao mercado futuro, em que as partes assumem compromisso de compra e/ou venda para liquidação em data futura. Itens como tamanho, vencimento do contrato são pactuados atendendo as necessidades específicas das partes contratantes. No mercado a termo, porém, não há ajuste diário nem intercambialidade de posições, ficando os intervenientes, em regra, vinculados um ao outro até a liquidação do contrato.

Operações a termo de swap ou opções flexíveis, mesmo que realizado em mercado de balcão, podem ser registrados junto à BMF, com ou sem garantia (a escolha é das partes que querem registrar a operação na BMF). Mas, se o ativo negociado no contrato a termo/futuro não for uma das commodities negociadas na BMF (p.e. a compra/venda de um imóvel), o Bacen não autoriza o registro da operação, sendo neceesário buscar outra forma de garantia para o recebimento do crédito.

b) FUTURO: as partes só decidem o preço e quantidade no pregão, pois o vencimento e outros já estão padronizados nos contratos da BMF. Um contrato futuro, como vimos, é o compromisso de comprar ou vender um ativo, numa data específica no futuro, tendo sido determinado sua quantidade, qualidade e preço no contrato. Mercado em que as partes na operação assumem compromissos de compra e/ou venda para liquidação (física e/ou financeira) em data futura, tendo como característica o sistema de gerenciamento de posições, como o ajuste diário do valor dos contratos, e, as margens de garantia.

Contrato a Termo & Contrato Futuro

Tratam-se ambos de um acordo para comprar ou vender um ativo em certa data por determinado preço. Entretanto, os contratos a termo não são negociados em bolsa, pois são acordos particulares entre duas instituições financeiras ou entre uma instituição financeira e seus clientes. Já os Contratos futuros são negociados numa bolsa organizada e suas características são por ela reguladas e padronizadas.

Nos contratos a termo, há uma única data de entrega é especificada, e, nos contratos futuros há um período de entrega que pode incluir vários dias. Os contratos a termo não são ajustados a mercado diariamente sendo que as partes liquidarão a transação na data de entrega acordada. A maioria dos contratos a termo resulta na entrega do ativo físico ou na liquidação financeira final .

Resumindo, nos contratos a termo:

* contrato particular entre duas partes;

* não é padronizado;

* há só uma data de entrega específica;

* é ajustado no vencimento;

na maioria acontece a entrega ou liquidação financeira total.

os contratos futuros: