Resumo de notícias em Novembro de 2016.

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04/11/2016 – Pequenas e médias petroleiras voltam a investir no Brasil
A melhora da expectativa com relação à economia brasileira, a estabilização da situação política, a nova agenda do governo com relação ao setor petrolífero e o programa de venda de ativos da Petrobras estão estimulando a participação de petroleiras de menor porte, nacionais e estrangeiras, no mercado do país. Este é o caso da Letter One Energy, com sede em Luxemburgo, e que tem como presidente do conselho de administração Lorde Browne, que respondeu pela presidência mundial da petroleira britânica BP entre os anos 1995 e 2007. O objetivo da empresa é que o Brasil responda por pelos 25% do portfólio da companhia no futuro.

 

10/11/2016 – Presidente mundial da Shell anuncia US$ 10 bilhões em investimentos no Brasil
O presidente mundial da petrolífera anglo-holandesa Shell, Ben van Beurden, anunciou nesta quinta-feira (10/11), após uma audiência com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, que a empresa vai investir US$ 10 bilhões no Brasil ao longo dos próximos quatro anos. O executivo da petroleira explicou a jornalistas ao final do encontro com Temer que o investimento será feiro, prioritariamente, em projetos associados à Petrobras na exploração do petróleo da camada do pré-sal. Para o presidente mundial da petroleira, com a mudança nas regras do pré-sal o país “dá um movimento certo”. Na avaliação de Ben van Beurden, a nova lei permitirá que novas empresas entrem no mercado brasileiro e abre oportunidades para a Shell.
 
22/11/2016 – Leilão da ANP em 2017 deve excluir conteúdo local no petróleo
Motivo de embate entre a indústria fornecedora brasileira e as petroleiras, o conteúdo local deve ser excluído do próximo leilão a ser realizado pela ANP – a 4ª rodada de áreas marginais, prevista para 2017, sem data definida. A agência aguarda posição do governo até 13 de dezembro sobre a exigência de aquisição de volume mínimo de produtos e serviços no Brasil. A única certeza é que o conteúdo local não será critério de definição de vencedores. A dúvida é se alguma política de incentivo à indústria nacional estará prevista no edital. A decisão será do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que tem reunião marcada para 8 de dezembro. Presidido pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o colegiado vai avaliar uma serie de mudanças no setor de petróleo que devem tornar as regras de atuação no País mais flexíveis e facilitar a atração de investidores. Uma nova política de conteúdo local, mais favorável às petroleiras, que reivindicam liberdade para importação de bens, está na pauta.
 
23/11/2016 – Petrobras conclui negócio no pré-sal e recebe US$ 1,25 bi na 1ª parte do acordo
A Petrobras informou que finalizou nesta terça-feira (22) a operação de venda de sua participação de 66% no bloco exploratório BM-S-8 para a Statoil Brasil Óleo e Gás, unidade da companhia norueguesa Statoil. A operação foi concluída com o pagamento, ocorrido nesta terça-feira, de US$ 1,25 bilhão, correspondente a 50% do valor total da transação. No BM-S-8, na Bacia de Santos, está a promissora reserva de Carcará. A negociação com a Statoil marcou a venda, pela Petrobras, da primeira grande área do pré-sal incluída no plano de desinvestimentos da estatal, que visa colaborar com o programa de redução de endividamento da companhia. O restante do valor será pago por meio de parcelas contingentes relacionadas a eventos subsequentes, como, por exemplo, a celebração de um Acordo de Individualização da Produção (unitização).
 
30/11/2016 – Temer sanciona lei que desobriga Petrobras de operar no pré-sal
Sob a promessa de petroleiras estrangeiras de aumentar investimentos no país, o presidente Michel Temer sancionou nesta terça-feira (29/11) a lei que tira da Petrobras a obrigatoriedade de ser a operadora única do pré-sal. Durante a cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, Temer disse que a medida é a favor do país, porque vai permitir a realização de mais investimentos do setor de petróleo e, com isso, gerar mais emprego. Na cerimônia desta terça-feira, petroleiras presentes no evento, principalmente estrangeiras com atuação no país, elogiaram a medida e prometeram ao governo elevar os investimentos no país com a adoção da medida, pleiteada por elas. Na cerimônia, o governo anunciou ainda a renovação, por mais de 20 anos, do repetro, programa que dá incentivos tributários na compra de equipamentos para a indústria do petróleo no exterior e no país.
 
Energias Renováveis

03/11/2016 – Grandes petroleiras unem forças para criar fundo de energias renováveis
Grandes petroleiras, como Saudi Aramco e Shell, estão unindo forças para criar um fundo de investimento para desenvolver tecnologias de incentivo de energias renováveis, procurando ter um papel ativo no combate ao aquecimento global, de acordo com a agência Reuters. O setor enfrenta pressões crescentes para adotar um papel mais destacado na luta contra o aquecimento global, e o evento de sexta-feira irá coincidir com a entrada formal em vigor do Acordo de Paris de 2015, cuja meta é reduzir gradualmente os gases de efeito estufa produzidos pelo homem na segunda metade do século.
 
03/11/2016 – Comissão aprova linha de crédito para projetos de energia renovável
A Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), coordenada pelo Ministério do Planejamento, aprovou uma linha de crédito para projetos de energias renováveis e inovação de micro, pequenas e médias empresas no valor total de até US$ 900 milhões, informou o governo na quinta-feira (3). Segundo o Ministério do Planejamento, esse foi apenas o primeiro passo para viabilizar a linha de crédito, que ainda tem de passar pelo crivo do Tesouro Nacional e, depois, ser aprovada também pelo Congresso Nacional.
De acordo com o Planejamento, serão repassados US$ 750 milhões do BID, às empresas, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além dos US$ 750 milhões, a linha também contará com uma contrapartida de até US$ 150 milhões do BNDES – valor que será acrescido à parcela do BID – perfazendo um total de até US$ 900 milhões em crédito.