Escrita pelo intelectual e advogado Durval de Noronha Goyos em 1998, a obra Relembrando o Português com Dicionário de Anglicismos mostra-se mais atual do que nunca com recente aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, do projeto do deputado Aldo Rebelo, que limita o uso de estrangeirismos em meios de comunicação, mensagens publicitárias e informações comerciais e documentos da administração pública.

Em linguagem simples e objetiva, o livro mostra que a maior parte dos estrangeirismos utilizados por cidadãos brasileiros e lusófonos em geral podem ser substituídos por palavras simples e comuns do idioma português. Ou seja, na grande maioria dos casos não é necessário ser um erudito para evitar o uso de termos derivados de outras línguas – principalmente o de anglicismos. Para citar alguns exemplos, air bag, nickname, hedgeado, blazer, deletar, headhunter poderiam ser facilmente traduzidas por bolsa de ar, apelido, travado, paletó, apagar, recrutador de executivos, respectivamente. “É uma questão de valorização do nosso idioma”, comenta Noronha.

São cerca de 1.500 termos analisados na obra, um número bastante expressivo, considerando que, para assuntos do dia-a-dia, uma pessoa usa cerca de 4.000 palavras apenas. “Constatei que a matade deles tem origem direta ou indireta no latim e, considerando as profundas raízes latinas no vernáculo lusitano, antes mesmo de existir a língua inglesa, os anglicismos são, portanto, absolutamente dispensáveis”, acrescenta o autor.

Para satisfazer aos curiosos, o livro dedica dois capítulos introdutórios à evolução histórica da língua portuguesa e outro à trajetória do inglês. Há, ainda, um terceiro capítulo acerca dos anglicismos como vícios de linguagem.

Relembrando o Português com Dicionário de Anglicismos
Editora Observador Legal, 1998
www.observadorlegal.com.br