Países ditos emergentes, como o Brasil, têm propostas lúcidas para a construção de uma nova ordem internacional que dê à ONU mais legitimidade e portanto consistência nas decisões. A seu modo, e com as limitações conhecidas, nosso País poderá dar sua contribuição ao cenário montado no título deste livro, em que o autor aponta a necessidade de se reescrever e respeitar O NOVO Direito Internacional Público, baseado no que vem no substítulo: “O embate contra a tirania.”
Tão erudido quanto simples, profunda como acessível, a obra de Durval de Noronha Goyos Júnior vale-se da unidade de um conjunto de artigos em que o leitor, terá acesso a conhecimentos enciclopédicos da realidade mundial.
Expondo, pormenorizando e enfeixando a realidade mundial, o autor nos conduz à observação de que estamos assistindo a uma “deconstrução” do que o mundo a duras penas erigiu como Direito Internacional, simultaneamente à prevalência do “império da barbárie.”
O autor demostra como o mundo precisa de reformas estruturais, com densa correspondência cultural, para forjar e manter organizações multilaterais acordes com a autodeterminação dos povos e o livre caminho para o desenvolvimento sustentado da maioria dos 191 países que integram a ONU.
Contudo, o leitor deste livro não será lançado à senda dos atalhos e da desesperança. Compreenderá, pelo enfoque dialético do autor, que os que só enxergam o pecado perdem ao menos de vista, o fado da virtude.
Autor: Durval de Noronha Goyos Jr.
Observador Legal Editora, São Paulo, Brasil, 2005.
Advogado admitido no Brasil, Inglaterra e Gales e Portugal. Formou-se em direito pela PUC-SP em 1975. Árbitro do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade) e da OMC (Organização Mundial do Comércio), e professor de direito do comércio internacional na pós-graduação da Universidade Cândido Mendes (RJ).