Antonio Corrêa Meyer e Arnoldo Wald são os dois advogados mais admirados da advocacia brasileira, entre as grandes empresas do país. Demarest e Almeida e Pinheiro Neto são os escritórios mais citados pelo mercado. O Tozzini, Freire, Teixeira e Silva é a maior sociedade de advocacia, com 440 advogados. E a Faculdade de Direito da USP é a escola que formou o maior número de sócios dos 474 grandes escritórios. Quem gosta de números e quer ter um balanço do campo de trabalho dos advogados do Brasil tem um prato cheio: acaba de sair a segunda edição de Análise Advocacia, o mais completo ranking da advocacia nacional.

A obra da Análise Editorial vale mais como um guia indicativo de excelência do que um ranking propriamente dito – embora ninguém resista à tentação de fazer a sua lista de maiores e melhores. Assim, logo de cara, surge a lista dos 32 advogados mais citados numa votação que teve como colégio eleitoral os advogados citados no anuário de 2006. E lá estão, por ordem alfabética, entre outros, os nomes de Ada Pellegrini Grinnover, Carlos Ari Sundfeld, Celso Mori, Ives Gandra da Silva Martins, Kazuo Watanabe, Mário Sérgio Duarte Garcia e Sérgio Bermudes.

Desta seleção da seleção, constam também os nomes de Antonio Correa Meyer e Arnoldo Wald, campeões também na eleição em que os departamentos jurídicos de 1.517 empresas elegeram os advogados mais admirados em cada área do Direito. Meyer foi lembrado entre os melhores em Direito Societário, Contratos Comerciais, Comércio Internacional e Infra-Estrutura. Wald também obteve indicações em quatro áreas: Comércio Internacional, Consumidor, Cível e Operações Financeiras. Com três citações, aparecem apenas outros três advogados: Fábio Ulhoa Coelho (Contratos Comerciais, Societário e Consumidor); José Roberto Ópice (Operações Financeiras, Contratos Comerciais e Societário) e Paulo Cezar Aragão (Comércio Internacional, Operações Financeiras e Societário).

Escritórios

O ranking mais próximo da objetividade é o que lista os maiores escritórios, tendo como critério o número de advogados. Neste pódio, o primeiro lugar este ano ficou com o Tozzini, Freire, Teixeira e Silva, com 440 advogados, deixando em segundo lugar o campeão do ano passado, o Demarest e Almeida, com 391. Pinheiro Neto (329), Machado, Meyer (315) e Siqueira Castro (314) completam os cinco primeiros colocados. Noronha Advogados ficou em 7º lugar, com 221 profissionais.

Escola e perfil

Outra novidade da nova edição da Análise Advocacia: o ranking das escolas que formaram os sócios dos escritórios. Sem surpresa, USP, PUC-SP e Mackenzie ocupam o topo da lista, numa repetição quase idêntica ao dos índices de aprovação do último Exame de Ordem da OAB-SP. A publicação informa ainda que 65% dos sócios dos escritórios se formaram em escolas privadas e que os sócios se formaram, em média, há 12 anos. Dos sócios, 75% são homens e 25% mulheres. Já os advogados associados dos escritórios são formados há 8 anos e, numa proporção ainda maior, têm origem nas escolas privadas (73%). As mulheres ainda são minoria, mas já estão perto de empatar o jogo: 48 a 52%.